sexta-feira, 11 de maio de 2012

Besouro Mangangá

Besouro Mangangá - A palavra capoeirista assombrava homens e mulheres, mas o velho escravo tio Alípio nutria grande admiração pelo filho de João Grosso e Maria Haifa. Era o menino Manoel Henrique que, desde cedo, aprendeu, com o mestre Alípio, os segredos da capoeira na rua do Trapiche de Baixo, em Santo Amaro da Purificação, sendo batizado como Besouro Mangangá por causa da sua facilidade em desaparecer quando a hora era para tal. - Muitos e grandiosos feitos lhe são atribuídos. Diziam que não gostava da polícia (que diversas vezes frustrou-se ao tentar prendê-lo), que tinha o "corpo fechado" e que balas e punhais não podiam feri-lo. Certa época, quando Besouro trabalhou numa usina, por não receber o ordenado, segurou o patrão pelo cavanhaque e o obrigou a pagar o que lhe devia. - Hoje, Besouro é conhecido como Cordão de Ouro, o exu das sete encruzilhadas. Está presente nos terreiros de Umbanda, onde incorpora em médiuns. - Um homem conhecido por Eusébio de Quibaca acertou-lhe nas costas com uma faca de tucum (ou ticum), um tipo de madeira, tida como a única arma capaz de matar um homem de corpo fechado. De: Daniel Durães

Comunidade de capoeira das instituições, da sociedade e indivíduos

Capoeira Comunity institutions, society and individuals By Mestre Cobra Mansa This manifesto was written by our mestre, Cobra Mansa. in it he discusses the instituionalization of capoeira. what he says is very powerful because there are a lot of people that want to have capoeira become more "legitimate" through institutionalizing the artform. As cobra points out, this presents problems not only for political reasons, but also because it threatens to undermine the spiritual and human basis of the community. What is beautiful is that Cobra actively promotes this philosophy as the basis for capoeira. Reading this makes me feel very lucky to be a part of FICA. Most capoeiristas in Brazil and all over the world are construction workers, teachers, students, wives, husbands, doctors, lawyers, bums, bankers, administrators, unemployed, musician, artists etc. In brief, most capoeiristas, if not all, are part of that thing we call Society. Most capoeiristas live within that society and follow many and most of the practices that society has. We are unavoidably the basic element that constitutes that society; it exists because we are there. But at the same time we are not absorbed or assimilated by force by that society and I believe that this is where capoeiristas, like many other groups in society,nmake a difference. We do the things we must do as part of that society, however, there is another part of our lives that simply do not "fit" into that same society that we follow. Capoeiristas are by nature and by choice a different kind of individual who desire freedom at the deepest levels of their being. A man once said: "If you want to be free, you just have to start being free." Freedom is a state of mind and not a state of the body. We are part of this society and we will continue being part of it. However, we will also continue to grow in our greatness within that same society. No system or society can swallow an individual's greatness once that individual has come to consciously acknowledge that greatness and uniqueness. This is why the concept of institutionalization of Capoeira has not grown so deeply in most Capoeira communities, specifically in Capoeira Angola communities. The Capoeira way of life is music to our ears, because it is creating our own space within that society we are part of but many times despise so much. Capoeira, like Mestre Pastinha said, is everything that your mouth can eat. Capoeira is like the air. We all know it is there and we breathe it and need it; however, we cannot seize it. Capoeira cannot be limited by a group of practitioners, by a formal organization and not even by a group of mestres that may claim a monopoly over it. Capoeira goes beyond all of us. No society, no community and no individual will ever control capoeira. So, if we practice Capoeira to move away from that traditional repressive society we so strongly disapprove of, why do we want to institutionalize capoeira? It seems like a contradiction since institutionalization means indeed following all societal protocols and detailed laws in order to fit within administrative and corporate schemes with some practical and real purposes: fiscal independence, grants opportunities, group and administrative cohesion, etc. Different capoeira groups throughout history and even more within the last decades have tried to create a parallel institution and organization only for capoeira and become as restricting and repressive as the original institution they moved away from. All over the world we see corruption and scandal that institutions and individuals have done. The system now controls many sectors of society with a small group of people having a monopoly over it. If we look at Brazil as an example, we see carnaval and other manifestations created by the people becoming institutionalized. The people who originated it were the ones who lost the most. Before we think about institutionalization of Capoeira we need to question why do they want to organize us? Why do we want an institution to control our way of life? Who will gain from that? The Capoeira? The Capoeirista? The bureaucrats? Is this institution really necessary? Who controls them? Why are they so oppressive, elitist and dictatorial? Can we trust this institution and their leaders morally, financially, physically and spiritually? Do we want institutionalization, or a Capoeira community that works within "the system" to obtain honestly what we need without bending what the system has to offer. Even though we are all open to growing within the spirit and knowledge of capoeira, we want to avoid the imposition of values from a group of people and bureaucrats that have already developed their scale of values. We want a community that celebrates and encourages individuality and cooperation among its members. We want a world capoeira community that respects different values, beliefs, views, and practices. In brief, it will be a community that respects our different stories and histories, our different lives and our growth in different directions for its strength is and will be what we all have to offer through love and understanding under the capoeira spirit and practice. -Mestre Cobra Mansa Comunidade de capoeira das instituições, da sociedade e indivíduos pelo Mestre Cobra Mansa Este manifesto foi escrita por nosso mestre, Cobra Mansa. nele discute a instituionalization da capoeira. o que ele diz é muito poderoso, porque há muitas pessoas que querem se tornar-se mais "legítimo" através da institucionalização da arte capoeira. Como cobra aponta, isso apresenta problemas não só por razões políticas, mas também porque ele ameaça minar a base espiritual e humana da Comunidade. O que é bonito é que Cobra promove activamente esta filosofia como base para a capoeira. Lendo isso me faz sentir muita sorte de fazer parte do FICA. paz, Nikki Most capoeiristas no Brasil e todo o mundo são trabalhadores da construção civil, professores, estudantes, esposas, maridos, médicos, advogados, vagabundos, banqueiros, administradores, desempregados, músico, artistas etc. Em breve, a maioria dos capoeiristas, se não todos, fazem parte da coisa que chamamos sociedade. A maioria dos capoeiristas viver dentro daquela sociedade e seguem muitos e a maioria das práticas que a sociedade tem. Estamos inevitavelmente o elemento básico que constitui essa sociedade; Ele existe porque nós estamos lá. Mas ao mesmo tempo não são absorvidos ou assimilados pela força por que a sociedade e penso que se trata de onde capoeiristas, como muitos outros grupos na sociedade, nmake uma diferença. Nós fazemos as coisas que temos de fazer como parte da sociedade, no entanto, há outra parte de nossas vidas que simplesmente não se "encaixam" em que a mesma sociedade que seguimos. Capoeiristas são por natureza e por escolha um tipo diferente de indivíduo que desejam liberdade nos níveis mais profundos do seu ser. Um homem disse uma vez: "Se você quer ser livre, você apenas tem que começar a ser livre." A liberdade é um Estado de espírito e não um Estado do corpo. Nós somos parte desta sociedade e vamos continuar sendo parte dela. No entanto, nós também vai continuar a crescer em nossa grandeza dentro dessa mesma sociedade. Nenhum sistema ou sociedade pode engolir grandeza do indivíduo, uma vez que o indivíduo tem vindo a reconhecer conscientemente dessa grandeza e singularidade. Daí o conceito de institucionalização da Capoeira não tem crescido tão profundamente na maioria das Comunidades de Capoeira, especialmente em comunidades de Capoeira Angola. A maneira de Capoeira da vida é música para nossos ouvidos, porque é a criação de nosso próprio espaço dentro dessa sociedade nós fazem parte, mas muitas vezes desprezam tanto. Capoeira, como Mestre Pastinha disse, é tudo o que sua boca pode comer. A capoeira é como o ar. Todos nós sabemos que está lá e nós respiramos ele e precisa dele; no entanto, nós não podemos agarrá-la. Capoeira não pode ser limitado por um grupo de profissionais, por uma organização formal e nem mesmo por um grupo de mestres que podem reivindicar um monopólio sobre ele. Capoeira vai além de todos nós. Nenhuma sociedade, nenhuma comunidade e nenhum indivíduo nunca irão controlar capoeira. Assim, se podemos praticar Capoeira a afastar-se dessa sociedade repressiva tradicional de que tão fortemente reprovamos, por que queremos institucionalizar a capoeira? Parece uma contradição, pois institucionalização significa, de facto, seguindo todos os protocolos sociais e leis detalhadas para caber dentro de esquemas administrativas e corporativas com alguns efeitos práticos e reais: independência fiscal, concede oportunidades, coesão de grupo e administrativo, etc. Grupos de capoeira diferentes ao longo da história e ainda que mais dentro das últimas décadas têm tentado criar uma instituição paralela e organização somente para capoeira e tornar-se tão restritiva e repressiva instituição original eles se afastou. Todo o mundo que vemos corrupção e escândalo que instituições e indivíduos têm feito. O sistema agora controla muitos setores da sociedade com um pequeno grupo de pessoas que tenham um monopólio sobre ele. Se olharmos o Brasil como um exemplo, vemos o carnaval e outras manifestações criadas pelo povo tornando-se institucionalizada. As pessoas que originou-se a ele foram os únicos que perderam mais. Antes de pensarmos sobre a institucionalização da Capoeira precisamos à pergunta por que eles querem organizar-nos? Por que queremos uma instituição para controlar o nosso modo de vida? Quem vai ganhar do que? A Capoeira? O Capoeirista? Os burocratas? Esta instituição é realmente necessário? Quem controla-los? Por que eles são tão opressivos, elitista e ditatorial? Podemos nós confio esta instituição e seus líderes moralmente, financeiramente, fisicamente e espiritualmente? Queremos institucionalização, ou uma comunidade de Capoeira que trabalha no "sistema" para obter honestamente aquilo de que precisamos sem flexão que o sistema tem a oferecer. Muito embora estejamos todos abrir para crescer dentro do espírito e conhecimento da capoeira, queremos evitar a imposição de valores de um grupo de pessoas e burocratas que já desenvolveram sua escala de valores. Queremos uma Comunidade que celebra e incentiva a individualidade e a cooperação entre os seus membros. Queremos uma comunidade de capoeira do mundo que respeita a práticas, crenças, opiniões e valores diferentes. Em breve, vai ser uma Comunidade que respeita nossas diferentes histórias e histórias, nossas vidas diferentes e o nosso crescimento em diferentes direções para sua força é e será o que todos nós temos a oferecer através do amor e da compreensão sob o espírito da capoeira e prática.