domingo, 2 de setembro de 2012

ENCERRAMENTO DAS OLIMPÍADAS: QUE CAPOEIRA É ESSA?


ENCERRAMENTO DAS OLIMPÍADAS: QUE CAPOEIRA É ESSA? http://youtu.be/QPI9BAgTuYw Assisti ao final das Olimpíadas em Londres. O Brasil, como sempre, apesar de não ter conquistado grandes medalhas, fez bonito. O encerramento em Londres, como de costume, foi cheio de pompas e fogos de artifício. O Brasil, país que vai sediar as próximas Olimpíadas em 2016, fez sua apresentação cultural. O samba foi destaque, com o gari Sorriso apresentando o Brasil de uma forma simples e bonita. Mas fiquei chocado quando, logo no início, depois da batucada, vi uma apresentação das mulatas brasileiras, com perucas e máscaras negras. Uma caricatura grotesca dos anos anos 50 em que era comum brancos com o rosto pintado de negro (os black faces) e até mesmo negros representarem um papel estereotipado, em que pulavam e imitavam macacos e animais para uma plateia branca, que esperava deles exatamente esse tipo de comportamento e estereótipo. Naquela época, em que o negro p recisava de um espaço na TV e no teatro, era comum esse tipo de comportamento e até compreensível. Agora que estamos em 2012, depois de tantas lutas do movimento negro no Brasil e no mundo em prol de uma melhor imagem de nós negros, fiquei pasmado em ter que assistir tudo isso de novo! Apesar do desconforto, continuei assistindo o encerramento quando tive uma decepção ainda maior: a apresentação da capoeira para o mundo! Começou com um grupo de acrobatas mal treinados, com o corpo todo cheio de óleo e um abadá branco, fazendo piruetas. Sem berimbau, sem canto, sem ginga, sem nada! Fiquei refletindo: que capoeira é essa que estamos apresentando para o mundo?! Aquilo mais parecia um circo com acrobacia para envergonhar qualquer atleta de ginástica olímpica. Acredito que os mesmos deveriam estar rindo ou chorando de vergonha. O que vimos foi um grupo de acrobatas mal treinados. Senti falta do nosso berimbau, o grande símbolo da capoeira. Na verdade, senti falta da capoeira! Não tiveram jogos de capoeira, somente acrobacias individuais. Será que a capoeira se tornou isso, uma apresentação acrobática sem ginga e sem berimbau? Foi triste, diante do preço tão alto que pagamos para conseguir chegar até lá. Valeu a pena ou aquilo foi só uma coisa “para inglês ver”? Acredito que para algumas pessoas talvez tenha sido a realização de um sonho se apresentar em uma final de Olimpíadas. Mas aonde está a nossa capoeira, essência, existência e alma? Como seria a capoeira nas Olimpíadas no Brasil? Estamos perdendo a nossa identidade, nossas raízes, tratando a capoeira como um produto rotulado, embalado e coreografado, “para inglês ver”. Nesse caminho, não importa mais sua historia ou trajetória, a capoeira está perdendo a sua alma dentro da trajetória esportiva. Fico apreensivo pelo futuro da capoeira nas Olimpíadas de 2016! Mestre Cobra Mansa

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Besouro Mangangá

Besouro Mangangá - A palavra capoeirista assombrava homens e mulheres, mas o velho escravo tio Alípio nutria grande admiração pelo filho de João Grosso e Maria Haifa. Era o menino Manoel Henrique que, desde cedo, aprendeu, com o mestre Alípio, os segredos da capoeira na rua do Trapiche de Baixo, em Santo Amaro da Purificação, sendo batizado como Besouro Mangangá por causa da sua facilidade em desaparecer quando a hora era para tal. - Muitos e grandiosos feitos lhe são atribuídos. Diziam que não gostava da polícia (que diversas vezes frustrou-se ao tentar prendê-lo), que tinha o "corpo fechado" e que balas e punhais não podiam feri-lo. Certa época, quando Besouro trabalhou numa usina, por não receber o ordenado, segurou o patrão pelo cavanhaque e o obrigou a pagar o que lhe devia. - Hoje, Besouro é conhecido como Cordão de Ouro, o exu das sete encruzilhadas. Está presente nos terreiros de Umbanda, onde incorpora em médiuns. - Um homem conhecido por Eusébio de Quibaca acertou-lhe nas costas com uma faca de tucum (ou ticum), um tipo de madeira, tida como a única arma capaz de matar um homem de corpo fechado. De: Daniel Durães

Comunidade de capoeira das instituições, da sociedade e indivíduos

Capoeira Comunity institutions, society and individuals By Mestre Cobra Mansa This manifesto was written by our mestre, Cobra Mansa. in it he discusses the instituionalization of capoeira. what he says is very powerful because there are a lot of people that want to have capoeira become more "legitimate" through institutionalizing the artform. As cobra points out, this presents problems not only for political reasons, but also because it threatens to undermine the spiritual and human basis of the community. What is beautiful is that Cobra actively promotes this philosophy as the basis for capoeira. Reading this makes me feel very lucky to be a part of FICA. Most capoeiristas in Brazil and all over the world are construction workers, teachers, students, wives, husbands, doctors, lawyers, bums, bankers, administrators, unemployed, musician, artists etc. In brief, most capoeiristas, if not all, are part of that thing we call Society. Most capoeiristas live within that society and follow many and most of the practices that society has. We are unavoidably the basic element that constitutes that society; it exists because we are there. But at the same time we are not absorbed or assimilated by force by that society and I believe that this is where capoeiristas, like many other groups in society,nmake a difference. We do the things we must do as part of that society, however, there is another part of our lives that simply do not "fit" into that same society that we follow. Capoeiristas are by nature and by choice a different kind of individual who desire freedom at the deepest levels of their being. A man once said: "If you want to be free, you just have to start being free." Freedom is a state of mind and not a state of the body. We are part of this society and we will continue being part of it. However, we will also continue to grow in our greatness within that same society. No system or society can swallow an individual's greatness once that individual has come to consciously acknowledge that greatness and uniqueness. This is why the concept of institutionalization of Capoeira has not grown so deeply in most Capoeira communities, specifically in Capoeira Angola communities. The Capoeira way of life is music to our ears, because it is creating our own space within that society we are part of but many times despise so much. Capoeira, like Mestre Pastinha said, is everything that your mouth can eat. Capoeira is like the air. We all know it is there and we breathe it and need it; however, we cannot seize it. Capoeira cannot be limited by a group of practitioners, by a formal organization and not even by a group of mestres that may claim a monopoly over it. Capoeira goes beyond all of us. No society, no community and no individual will ever control capoeira. So, if we practice Capoeira to move away from that traditional repressive society we so strongly disapprove of, why do we want to institutionalize capoeira? It seems like a contradiction since institutionalization means indeed following all societal protocols and detailed laws in order to fit within administrative and corporate schemes with some practical and real purposes: fiscal independence, grants opportunities, group and administrative cohesion, etc. Different capoeira groups throughout history and even more within the last decades have tried to create a parallel institution and organization only for capoeira and become as restricting and repressive as the original institution they moved away from. All over the world we see corruption and scandal that institutions and individuals have done. The system now controls many sectors of society with a small group of people having a monopoly over it. If we look at Brazil as an example, we see carnaval and other manifestations created by the people becoming institutionalized. The people who originated it were the ones who lost the most. Before we think about institutionalization of Capoeira we need to question why do they want to organize us? Why do we want an institution to control our way of life? Who will gain from that? The Capoeira? The Capoeirista? The bureaucrats? Is this institution really necessary? Who controls them? Why are they so oppressive, elitist and dictatorial? Can we trust this institution and their leaders morally, financially, physically and spiritually? Do we want institutionalization, or a Capoeira community that works within "the system" to obtain honestly what we need without bending what the system has to offer. Even though we are all open to growing within the spirit and knowledge of capoeira, we want to avoid the imposition of values from a group of people and bureaucrats that have already developed their scale of values. We want a community that celebrates and encourages individuality and cooperation among its members. We want a world capoeira community that respects different values, beliefs, views, and practices. In brief, it will be a community that respects our different stories and histories, our different lives and our growth in different directions for its strength is and will be what we all have to offer through love and understanding under the capoeira spirit and practice. -Mestre Cobra Mansa Comunidade de capoeira das instituições, da sociedade e indivíduos pelo Mestre Cobra Mansa Este manifesto foi escrita por nosso mestre, Cobra Mansa. nele discute a instituionalization da capoeira. o que ele diz é muito poderoso, porque há muitas pessoas que querem se tornar-se mais "legítimo" através da institucionalização da arte capoeira. Como cobra aponta, isso apresenta problemas não só por razões políticas, mas também porque ele ameaça minar a base espiritual e humana da Comunidade. O que é bonito é que Cobra promove activamente esta filosofia como base para a capoeira. Lendo isso me faz sentir muita sorte de fazer parte do FICA. paz, Nikki Most capoeiristas no Brasil e todo o mundo são trabalhadores da construção civil, professores, estudantes, esposas, maridos, médicos, advogados, vagabundos, banqueiros, administradores, desempregados, músico, artistas etc. Em breve, a maioria dos capoeiristas, se não todos, fazem parte da coisa que chamamos sociedade. A maioria dos capoeiristas viver dentro daquela sociedade e seguem muitos e a maioria das práticas que a sociedade tem. Estamos inevitavelmente o elemento básico que constitui essa sociedade; Ele existe porque nós estamos lá. Mas ao mesmo tempo não são absorvidos ou assimilados pela força por que a sociedade e penso que se trata de onde capoeiristas, como muitos outros grupos na sociedade, nmake uma diferença. Nós fazemos as coisas que temos de fazer como parte da sociedade, no entanto, há outra parte de nossas vidas que simplesmente não se "encaixam" em que a mesma sociedade que seguimos. Capoeiristas são por natureza e por escolha um tipo diferente de indivíduo que desejam liberdade nos níveis mais profundos do seu ser. Um homem disse uma vez: "Se você quer ser livre, você apenas tem que começar a ser livre." A liberdade é um Estado de espírito e não um Estado do corpo. Nós somos parte desta sociedade e vamos continuar sendo parte dela. No entanto, nós também vai continuar a crescer em nossa grandeza dentro dessa mesma sociedade. Nenhum sistema ou sociedade pode engolir grandeza do indivíduo, uma vez que o indivíduo tem vindo a reconhecer conscientemente dessa grandeza e singularidade. Daí o conceito de institucionalização da Capoeira não tem crescido tão profundamente na maioria das Comunidades de Capoeira, especialmente em comunidades de Capoeira Angola. A maneira de Capoeira da vida é música para nossos ouvidos, porque é a criação de nosso próprio espaço dentro dessa sociedade nós fazem parte, mas muitas vezes desprezam tanto. Capoeira, como Mestre Pastinha disse, é tudo o que sua boca pode comer. A capoeira é como o ar. Todos nós sabemos que está lá e nós respiramos ele e precisa dele; no entanto, nós não podemos agarrá-la. Capoeira não pode ser limitado por um grupo de profissionais, por uma organização formal e nem mesmo por um grupo de mestres que podem reivindicar um monopólio sobre ele. Capoeira vai além de todos nós. Nenhuma sociedade, nenhuma comunidade e nenhum indivíduo nunca irão controlar capoeira. Assim, se podemos praticar Capoeira a afastar-se dessa sociedade repressiva tradicional de que tão fortemente reprovamos, por que queremos institucionalizar a capoeira? Parece uma contradição, pois institucionalização significa, de facto, seguindo todos os protocolos sociais e leis detalhadas para caber dentro de esquemas administrativas e corporativas com alguns efeitos práticos e reais: independência fiscal, concede oportunidades, coesão de grupo e administrativo, etc. Grupos de capoeira diferentes ao longo da história e ainda que mais dentro das últimas décadas têm tentado criar uma instituição paralela e organização somente para capoeira e tornar-se tão restritiva e repressiva instituição original eles se afastou. Todo o mundo que vemos corrupção e escândalo que instituições e indivíduos têm feito. O sistema agora controla muitos setores da sociedade com um pequeno grupo de pessoas que tenham um monopólio sobre ele. Se olharmos o Brasil como um exemplo, vemos o carnaval e outras manifestações criadas pelo povo tornando-se institucionalizada. As pessoas que originou-se a ele foram os únicos que perderam mais. Antes de pensarmos sobre a institucionalização da Capoeira precisamos à pergunta por que eles querem organizar-nos? Por que queremos uma instituição para controlar o nosso modo de vida? Quem vai ganhar do que? A Capoeira? O Capoeirista? Os burocratas? Esta instituição é realmente necessário? Quem controla-los? Por que eles são tão opressivos, elitista e ditatorial? Podemos nós confio esta instituição e seus líderes moralmente, financeiramente, fisicamente e espiritualmente? Queremos institucionalização, ou uma comunidade de Capoeira que trabalha no "sistema" para obter honestamente aquilo de que precisamos sem flexão que o sistema tem a oferecer. Muito embora estejamos todos abrir para crescer dentro do espírito e conhecimento da capoeira, queremos evitar a imposição de valores de um grupo de pessoas e burocratas que já desenvolveram sua escala de valores. Queremos uma Comunidade que celebra e incentiva a individualidade e a cooperação entre os seus membros. Queremos uma comunidade de capoeira do mundo que respeita a práticas, crenças, opiniões e valores diferentes. Em breve, vai ser uma Comunidade que respeita nossas diferentes histórias e histórias, nossas vidas diferentes e o nosso crescimento em diferentes direções para sua força é e será o que todos nós temos a oferecer através do amor e da compreensão sob o espírito da capoeira e prática.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O A B C da Capoeira Angola - Mestre Noronha

O ABC da Capoeira Angola
Mestre Noronha


Neste livro esta escrito algum fundamento da Capoeira Angola do Estado da Bahia.
Primeiro Centro de Capoeira Angola do Estado da Bahia.
Na ladeira de Pedra no bairro da Liberdade. Fundado por grandes Mestres: Daniel Coutinho Noronha, Livino, Maré, Amorzinho, Raimundo Aberrê, Percilio, Geraldo, Juvenal engraxate, Geraldo pé de abelha, Zehi, Feliciano, Bigode de seda, Bonome, Henrique cara queimada, Onça preta, Cimento, Algimiro grande, Olho de pombo, Estivador, Antonio Galindeu, Candido pequeno Argolinha de Ouro Campeão baiano, Lucio Pequeno, Antonio boca de porco, Paqueite do Cabula.
Depois Aberre apresentou Mestre Pastinha por motivo da morte de Amorzinho Guarda entregamos o Centro ao Mestre Pastinha para tomar conta e cujo Centro é registrado com os esforços do Mestre Pastinha. Que soube levar esse Centro a frente graças ao bom Deus deste espirito de luz que orientou Mestre Pastinha o Ministro da Educação que procurou concentrar nos educandário do Brasil a Capoeira porque é defesa pessoal e esta e não outra e assim eu digo: Mestre Noronha vem nessa baderna desde os oito ano no meio de bons, ruins e maus. Por isso procurei saber o fundamento deste esporte que era tão odiado pelo Governador e pela Policia. Fui muito perseguido pela Policia. Mestre Noronha – Bahia Mestre Livino Malvadeza





Esse livro trata sobre a capoeira angola golpe-toques-cantos jogo e formação de toque de berimbao: Jogo de dentro, São Bento Grande, São Bento Pequeno, Panha laranja no chão tico tico minha toalha de renda de bico, Samba de Angola, Quebra milho como gente macaco, Esse nego é o cão.

A Capoeira Centro Nacional de Origem Angola,

1

Esse livro esta escrito algum fundamento da Capoeira Angola do Estado da Bahia. Primeiro Centro de Capoeira do Estado da Bahia na Ladeira de Pedra Bairro da Liberdade

Fundado por grande Mestres: Daniel Coutinho Noronha, Livino Maré, Amorzinho, Raimundo Aberre, Percilio, Geraldo Chapeleiro, Juvenal Engraxate, Geraldo Pé de Abelha, Zhei, Feliciano Bigode de Seda, Bonomé, Henrique Cara Queimada, Onça Preta, Cimento, Algemiro Grande, Olho de Pombo, Estivador, Antonio Galindeu, Antonio Boca de Porco, Candido Pequeno, Argolinha de Ouro, Lucio Pequeno. Depois Aberre apresentou Mestre Pastinha por motivo da morte de Amorzinho Guarda. Entregamos o Centro ao Mestre Pastinha para tomar conta e cujo Centro e registrado com os esforços do Mestre Pastinha que soube levar esse Centro a frente graças ao Bom Deus deste espirito de luz que orientou o Ministro da Educação que procurou concentrar nos educandários a Capoeira. Porque é defesa pessoal e não outra assim eu digo Mestre Noronha que vem nesta baderna desde a idade de 08 anos no meio de bons e ruins por isso procurei saber o fundamento desse esporte que era tão odiado pelo Governado como pela Policia, Fui muito perseguido pela policia. Mestre Noronha – Mestre Livino Malvadeza

2

Eu e meus colegas da mesma arte de Capoiera porque hoje em dia esta nos meios sociais e no mundo inteiro porque é uma defesa pessoal de grande valor que são suas mandingas traiçoeiras para vencer todas as paradas que apareciam sendo a hora suficiente se caso não for desista para outra ocasião porque existe outro encontro porque quem apanha nunca esquece e quem bata não se lembra. Essa é a malicia do capoeirista que corre não para morre e mata são estes os fundamentos do capoeirista que conhece sua profissão de mandingueiro. Tem milhares deles na Bahia tem muito Mestre de capoeira que não sabe dar o valor que ela tem porque são Mestre que aprendeu em um mês este Mestre nada sabe e nem que lhe insinou porque são Mestres que aprendeu em um mês não pode ser Mestre de uma academia (grupo). Os Mestre da Bahia ainda existe quem conhece os fundamentos da Capoeira Angola porem não dará seus segredos a ninguém porque é nosso privilegio a capoeira veio da Africa trazida pelos africanos todos nos sabe disso porem não era educada.

3

Quem educo ela fomos nós baianos para defesa pessoal que estão nos meios sociais. Porque é o esporte mais atraente do mundo que tem suas tradição (No Rio de Janeiro conforme fui indagado se fui para congresso de capoeira que todos os Mestres de todos os estados Brasil pra uma sabatina sobre os fundamentos da capoeira não teve um Mestre que desse a definição da capoeira são esses os grandes Mestres que tem academia porque os grandes Mestres não tem nada para dar a eles que não aprenderam. Eu Mestre Noronha tenho todos os fundamentos comigo porque me dediquei aprendi todas as malandragens) (A primeira festa do cachimbo). Eu Mestre Noronha sempre fui procurado para botar a capoeira nessa grande festa tradicional que antigamente era na feira no lugar muito perigoso que era a festa de São Nicodemos agora foi transferida para o cais do porto pelo comandante Antonio Avila de Malafaia.

Conhecida como Festa do Cachimbo onde comparecia muitos Mestres de capoeira com suas gingas de corpo e valentia com suas boca de calça larga chapéu cabento de 3 provas que era a lei dos bambas. Todos me respeitava graças a deus e Xango. Noronha Bahia
4

Festa de Conceição da Praia dia 8 de dezembro onde tem a grande roda de capoeira onde aparecia os grandes Mestres da Bahia afamados: Noronha, Livino, Maré, Candido Pequeno, Lucio Pequeno, Percilio, Eutico das Mahiada, Ozeias, Onça Preta, Juvenal Engraxate, Agé do Pau da Bandeira, Geraldo Chapeleiro, Chico 3 Pedaços, Piroca do Peixe, Feliciano Bigode de Seda, Antonio Galindeu, Antonio Boca de Porco, Algemiro Olho de Pombo, Geraldo Pé de Abelha, Estes grandes Mestres que com sua ginga de corpo atraia todo pessoal da festa da padroeira Nossa Senhora da Conceição da Praia. Noronha – Bahia
Outra tradicional festa de Nossa Senhora Santa Barbara de 4 de dezembro Santa Barbara padroeira do mercado tradicional Baixa do Sapateiro onde era a reunião de grandes Mestres de capoeira para disputar seu golpe de alta tração de sua defesa para o publico dar o seu valor como capoeirista. Que vem alimentando essa tradição de todas as festas da Bahia esse mesmo conjunto da Conceição da Praia. Noronha – Bahia


5

Outra festa tradicional é a de Santa Luzia padroeira do Pilar dia 13 de dezembro que somos convidados da comissão do festejo para botar a tradicional Capoeira Angola que são os mesmos conjunto que vem alimentando este festejo no estado da Bahia. Noronha – Bahia

Outra festa tradicional festa das Tabaroas 1⁰ de novembro na Barra acompanhada de Capoeira, Samba de Barravento, e Batuque e toquei quero ver cai e outras diversões dança e Candomblé.

Outra festa da cabeceira da ponte de São João Cabrito que é presente a capoeira, samba, candomblé, batuque e outras diversão e muito barulho.

Outro presenta da mãe d´água Rio Vermelho e Lucaia, 2 de fevereiro, capoeira e candomblé e muito Pai de Santo e acompanhamento de muitos Saveiros pra levar presentes para a Mãe das Águas no alto mar. Eu sempre presente em todos os presentes.

6

Maior tradição da Bahia primeira quinta feira depois do dia reis (6 de janeiro) tradição do festejo do Senhor do Bonfim padroeiro da Bahia ternos de reis, ranchos, bumba meu boi e outras diversão capo-batu-sam de meia travessa camizão, barravento, são as três categoria de samba de roda na roda de bambas e a segunda feira gorda da Ribeira aonde aparece os bambas dessa malandragem de todos os bairros que quiserem mostrar valor como conhecedor dessa malandragem SC-BC Quem esta relembrando essa tradição é Mestre Noronha da Bahia. Daniel Coutinho nascido na Baixa do Sapateiro a 3 de agosto de 1909 tem 65 anos de idade conheço toda essa baderna que existe no estado da Bahia.

7 (1901 a 1903)

Em janeiro de 1902 estava esperada no porto da Bahia uma esquadra comandada pelo encoraçado Arco do Bem encoraçado chefe da esquadra e varias torpedeiras todos os marinheiros foram liberados para passear pelas ruas da cidade porem fizeram muita miséria e ainda teve muita desordem na Praça da Sé cidade alta onde era a zona do mulherio da cidade. Se porem existia uma concentração de desordeiros: Pedro Mineiro, Agimiro Olho de Pombo, Estivador, Nouzinho da Carroagem, Samoel da Calçada, Bemor do Correio, Tibiri, Fucinho de Porco, Chico Mida, Chico Midá Midá, Piedade, Rastro Grande, Antonio Boca de Porco, Vicente Pastinha, Cabocinho Estivador, Chico 3 Pedaços, Macaco e Suriano, Istevinho Pequeno, 7 Mortes (o mais destemido desses valentões era Ducinha) e o irmão Icarvin (muito respeitado) todos valentão rendia homenagem a Ducinha e Icarvin nova era, 2 irmão da Bahia em todas as zonas e o capoeirista Agostinho Pantalona Grande Mestre de Capoeira Angola arengueiro.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Guarda Negra

A capoeira, como já foi dito na última edição do Boletim Eletrônico CPPA, participou de importantes momentos históricos do Brasil. Isso pode ser visto através do grupo conhecido como Guarda Negra, que, de acordo com o pesquisador Frederico de Abreu era:

“Mal vista pelos ameaçados e vitimados pela violência das suas ações – era uma milícia, formada por capoeiristas e capadócios, dispostos à força da navalha, do cacete e do “pau de fogo”, [para] manter a ordem imperial. Foi criada no Rio de Janeiro e acorbertada pelo gabinete de João Alfredo (ministro imperial), apelando-se no recrutamento dos membros, para os negros gratos à princesa Isabel pela assinatura da Lei Áurea. Foi vista e estudada, também, como movimento negro de apelo racial contra os brancos e como um “partido político”, programado para definir posições de participação dos negros na vida política do país, pós-escravidão, como desejava José Patrocínio, seu idealizador. Espalhou-se para outros lugares do Brasil, em especial, Salvador e Recife, que como o Rio de Janeiro, eram outros importantes núcleos da capoeira”. (p. 35)

A Guarda Negra foi criada por volta de 1888, com o objetivo de lutar contra os republicanos. Existe uma linha de pensamento que acredita que os negros e capoeiristas defendiam a monarquia por gratidão à Princesa Isabel, que os libertou da escravidão em 13 de maio de 1888.

Após a Proclamação da República, que ocorreu em 15 de novembro de 1889, a Guarda Negra foi dissolvida e os capoeiras passaram a ser ferrenhamente perseguidos. O Presidente Marechal Deodoro da Fonseca, nomeou o advogado João Batista de Sampaio Ferraz – “um capoeira amador que se destacara como promotor público na corte –, para chefe de polícia” (Nestor Capoeira, p. 43) Sampaio Ferraz, que ficou conhecido como “Cavanhaque de Aço”, aceitou o cargo com uma única condição: “carta branca para agir contra a maior praga que assolava as ruas do Rio de Janeiro, os capoeiras” (Izabel Ferreira, p. 46).

Referências:

- Abreu, Frederico José de. Macaco Beleza e o Massacre do Tabuão. Salvador, Barabô, 2011.

- CAPOEIRA, Nestor. Capoeira: O pequeno manual do jogador. Rio de Janeiro, Record, 1999.

- FERREIRA, Izabel . A Capoeira no Rio de Janeiro:1890-1950. Rio de Janeiro, Novas Idéias, 2007.

Samuel Querido de Deus

“...elegância assim nunca se viu...”

Jorge Amado

Muitas histórias já foram contadas sobre Samuel Querido de Deus, mas pouco se sabe de real sobre a vida do famoso e lendário capoeirista, não se sabe ao certo nem seu nome e sua data de nascimento. O que se tem conhecimento é que era pescador e saveirista. Era, também, considerado pelo povo baiano e por alguns escritores como um dos maiores capoeiristas de todos os tempos.

Sua fama se deu por volta dos anos 30 e 40 do século XX. Uma época em que muitos estrangeiros visitavam a Bahia com o intuito de conhecer a capoeira e muitos deles queriam conhecer o famoso Samuel Querido de Deus.

Em 1937, Samuel Querido de Deus participou do 2º Congresso Afro-Brasileiro, realizado em Salvador.

No livro Bahia de Todos os Santos, guia de ruas e mistérios da cidade de Salvador, o escritor Jorge Amado afirmou que não havia melhor jogador de capoeira do que Samuel Querido de Deus e descreveu sua fisionomia:

“Sua cor é indefinida. Mulato, com certeza. Mas mulato claro ou mulato escuro, bronzeado pelo sangue indígena ou com traços de italiano no rosto anguloso? Quem sabe? Os ventos do mar nas pescarias deram ao rosto de Querido de Deus essa cor que não é igual a nenhuma cor conhecida, nova para todos os pintores.”

O escritor também narra uma história em que dois cinegrafistas queriam filmar uma luta de capoeira e Samuel Querido de Deus foi um dos jogadores. Ao final, Querido de Deus cobrou pela filmagem do jogo um valor muito alto, o mesmo valor que uns americanos pagaram para vê-lo lutar. Então, explicaram a ele que os cinegrafistas eram brasileiros, “gente pobre”, e “Samuel Querido de Deus abriu os dentes num sorriso compreensivo. Disse que não era nada e convidou todo mundo para comer sarapatel no botequim em frente”.

Jorge Amado também fez de Samuel Querido de Deus, um de seus personagens do livro Capitães de Areia, que se tornou filme em 2011. Um pouco mais da história – real ou fictícia – deste grande capoeirista pode ser encontrado no livro de contos Santugri: Histórias de Mandinga e Capoeiragem, de Muniz Sodré.



Referências:

- ABIB, Pedro (org). Mestres e Capoeiras Famosos da Bahia. Salvador, EDUFBA, 2009.

- AMADO, Jorge. Bahia de todos os Santos, guia de ruas e mistérios da cidade de Salvador. Salvador, Martins Editora, 1970.

- SODRÉ, Muniz. Santugri: Histórias de Mandinga e Capoeiragem. Rio de Janeiro, José Olimpo Editora, 1988.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

EVENTO GCAP 2012

Solta a mandinga ê,angoleiro
09 a 12 de fevereiro de 2012



Quinta - feira ( 09/02 )
17:00 h - Credenciamento
19:00 h - Roda dos Mestres

Comemoração do aniversário do Mestre Moraes

Sexta - Feira ( 10/02 )
9:00 h às 11:00 h - Oficina de capoeira com Mestre Moraes e Cobra Mansa
14:00 h às 16:30 h - Roda Orientada: aspectos ritualísticos com Mestre Moraes
17:00 h às 19:00 h - Mesa redonda " O forte e a capoeira: passado e presente
19:30 h às 21:30 h - Roda de Capoeira ( restrita aos inscritos na oficina e aos mestres convidados )

Sábado
9:00 h às 11:00 h - Oficina de capoeira com Mestre Moraes
14:00 h às 15:00 h - Papoeira ( tema livre )
15:15 h às 16:30 h - Interpretação de ladainhas com Mestre Moraes
17:00 h às 18:30 h - Palestra: " Em busca do Engolo: raízes da capoeira - ( Mestre Cobra Mansa )

Domingo
9:00 h ás 11:00 h - Roda de encerramento aberta
12:00 h - Feijoada para os inscritos e convidados


Inscrição através do e-mail gcap.bahia@yahoo.com.br